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Minhas memórias masoquistas brincam

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Minhas memórias brincam. Tentam fazer com que eu saia do presente é vá ao ontem.  Querem descumprir o primeiro e insistente passo da lição de que temos que nos fazer inteiros no instante. Estou perdida nesse tempo-espaço. Desejo o ontem e o futuro. Quero me encontrar com você outra vez. Agora, duas mulheres me habitam. Talvez um clone seu. Tem parte de mim, mas é uma outra alma. Ontem foi o dia do seu nascimento, foi o dia em que se materializou em carne. Passou um tempo sendo gerada em mim. Ontem, finalmente nasceu. Tão nova essa personalidade. Atenta, tateia tudo e coloca na boca. Ainda equilibra-se em seus passos. Está fascinada com os sabores, cheiros e imagens desse mundo que sozinha está criando. Mas para constantemente com flashes das lembranças da hora do seu nascimento. Ela sente umidade de outro ser em sua alma. Um ser carinhoso e gentil. Um pai talvez, um irmão ou um amante de alma. Ela não sabe. Mas sente espasmos contínuos. Fica apertando as pern

Da minha janela ouço as águas

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Já fazia algum tempo que ouvia o canto da sereia, só não sabia quem o entoava. Agora sei. Não sei quem trouxe à existência esse universo. E sei. Foram os dois. Um chamava pelo outro em espaços de tempo diferentes, por meios sonoros diferentes. Foram batidas de tambores, gemidos, solfejos, gritos, danças, batidas de pés, batuques de dedos, melodias e tantas outras micro expressões evocatórias do nosso ser. Almas da Água e do Vento Almas de outras Vidas Saudosas, almejando o reencontro Agora, finalmente se tocaram e tão somente na poesia serão um do outro. Logo o encontro será despedida. Até lá, sinto você passar por mim, nesse  cruzamento de caminhos e aproveito o turbilhão de sentimentos  plenos de um prazer sinestésico que esse encontro promove. Não vou ficar só olhando Mergulharei Sexta, 18/08/2017 Altas horas

Sequestro

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Colar de ametista

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"Não existe relação sexual"

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Enquanto lábios se encontram no aconchego do sofá, repentinamente me recordo da reflexão que ouvi de um mago: Não são dois. É só você.  No mesmo instante, faíscas parecem sair de mim, e apetitosa degusto a mim no corpo do outro. É tão intenso o queimar, que do fogo pareço surgir.  Sinto apenas o calor de todos os meus lábios. O sofá torna-se cama. Como em sonho, vejo materializado ali, dentro de mim, o mago sábio tão quente quanto eu. Apenas o observo, e continuo queimando em mim, pois também não está ali, não está em relação alguma, apenas em seu próprio prazer. Foi apenas verificar se eu aprendera a lição. E ao me ver em pleno clímax, também se alegrou.

Clone abandonado

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               Minhas memórias brincam e tentam fazer com que eu saia do presente é vá ao ontem. Tentam não cumprir o primeiro e insistente passo da lição de que temos que nos fazer inteiros no momento presente. Mas ao mesmo tempo tem algo estranho acontecendo. Sinto que não estou errando em cumprir esse passo. Talvez não trate-se de visitar o ontem nem de ir ao futuro no desejo de me encontrar com você outra vez. É como se agora houvessem duas mulheres habitando em mim. Talvez um clone. Tem parte de mim, mas é uma outra alma.           Ontem foi o dia do seu nascimento, em que de fato se materializou com carne, alma e espírito. Passou um tempo sendo gerada. Ontem ela nasceu. Tão nova essa personalidade. Atenta tateia tudo. Coloca tudo na boca e ainda tenta equilibrar os passos. Ela está fascinada com os sabores, cheiros e imagens desse mundo que sem saber, está criando sozinha.            Daí que tá brincando no agora. Mas esse agora às vezes trás fleches de lembranças